sábado, 10 de julho de 2010

PROVA DE FOGO
Um ferreiro, depois de viver toda a sua vida entregue à libertinagem, decidiu servir a Deus. Ele passou a viver em função da sua fé, trabalhando com afinco na obra do Senhor, mas sua situação pessoal ia de mal a pior, a ponto de um amigo lhe falar:
- É realmente estranho que, justamente depois de você ter-se tornado crente, as dificuldades em sua vida aumentaram. Eu não pretendo enfraquecer sua fé, mas, honestamente falando, nada melhorou para você.

O ferreiro não respondeu imediatamente, mas pediu a Deus entendimento do assunto, pois queria uma resposta, para si e para seu amigo. E a resposta veio, exatamente quando seu amigo voltou a visitá-lo e o observava enquanto malhava o ferro.

- O aço chega às minhas mãos ainda não trabalhado e eu preciso transformá-lo na ferramenta desejada.

- Primeiro, eu o aqueço a uma temperatura muito alta. Em seguida, sem qualquer piedade, pego o martelo mais pesado e aplico vários golpes nele, até que comece a adquirir a forma planejada. Depois o mergulho rapidamente em um tanque de água fria e a oficina inteira se enche com o barulho do vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura. Tenho que repetir este processo até conseguir o formato final, pois apenas uma vez não é suficiente.

- Às vezes, o aço não agüenta esse tratamento e fica todo rachado. É reprovado e eu o coloco no monte de ferro velho que você viu na entrada da loja.

- Sei que Deus está me provando com fogo. Não é fácil, mas tenho aceitado as Suas marteladas, pois sei que Deus está me moldando. Só lhe peço que jamais desista de mim, até que eu consiga tomar a forma que Ele espera de mim, pois não quero ser colocado no monte de ferro velho da alma.


Exultai, ainda que agora por um pouco de tempo, sendo necessário, estejais contristados por várias provações, para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo.
I Pedro1.6-7


sexta-feira, 2 de julho de 2010

 DOZE PRATOS
Um príncipe chinês orgulhava-se de sua coleção de 12 pratos de porcelana rara, de antiga procedência.

Certo dia, o seu zelador, em momento infeliz, deixou que se quebrasse uma das peças. Tomando conhecimento do desastre e possuído pela fúria, o príncipe condenou-o à morte.

Às vésperas da execução um sábio apresentou-se ao príncipe, pediu para ver os cacos do prato quebrado, e lhe garantiu que era capaz de resolver aquele terrível problema, desde que o príncipe revogasse a sentença daquele pobre homem.

Emocionado, o príncipe aceitou a proposta.
O ancião solicitou que fossem colocados todos os pratos restantes sobre uma toalha de linho bordada e os pedaços da preciosa porcelana quebrada espalhados em volta do móvel, no chão.

Atendida sua solicitação, aproximou-se da mesa e, num gesto inesperado, puxou a toalha com as porcelanas preciosas, atirando-as bruscamente sobre o piso de mármore, arrebentando-as todas.

Ante o estupor que tomou conta do soberano e de sua corte, muito sereno, ele disse:
- Pronto, meu senhor, assim fica resolvido o problema da sua preciosa coleção. E o problema é que cada um destes pratos vale mais que uma vida humana.

Deu uma pausa e concluiu: 
- Agora podeis mandar matar-me. Sacrifico-me em benefício dos que irão morrer no futuro, quando cada uma dessas peças for quebrada separadamente.

Passado o choque, o príncipe, comovido, arrependeu-se da loucura que iria fazer e libertou o velho e o servo.


Que dará o homem em troca da sua vida?
Mateus 16.26